O segundo encontro com a professora Sônia Maria Soares ampliou a discussão acerca das propriedades do texto. Se ler é um processo dialógico, é natural que haja um entrecruzamento de experiências em todo ato de leitura e, conseqüentemente, uma identificação imediata ou um total estranhamento por parte do leitor. Em outras palavras, se o professor oferece à turma a oportunidade de uma leitura condicionada apenas ao reconhecimento dos aspectos lingüísticos, é bastante provável que, mesmo tendo reconhecido todos os signos do texto, os alunos não vejam sentido algum no que leram. É necessário, então, que se faça um trabalho de apresentação do contexto (social, político, cultural, etc) a que o texto se refere, que sejam acionadas as experiências de mundo dos alunos, que sejam reconhecidas as propriedades do gênero textual, que se identifiquem as marcas que levam às inferências, enfim, que sejam oferecidas aos leitores as informações necessárias para que ocorra uma leitura significativa. Deve-se, portanto, fundamentar todo o trabalho desenvolvido em sala de aula na perspectiva da intersemiose, segundo a qual uma leitura só se realiza quando ocorre a associação entre os sujeitos desse processo: o escritor/ falante e o leitor/ ouvinte.
PRUDÊNCIA
Há 5 anos
Nenhum comentário:
Postar um comentário