quarta-feira, 24 de setembro de 2008

(03/07) Português padrão como segunda língua?/ Encontro XIII

Ouvir e conversar sobre a história da língua portuguesa no Brasil foi muito enriquecedor. Partindo do pressuposto de que toda língua é necessariamente heterogênea (e por essa razão suscetível de variação e mudança),o professor não pode deixar, em sua aula de gramática normativa, de apresentar ao aluno todo o processo histórico que determina as diferenças entre o português contemporâneo falado no Brasil e aquele falado em várias outras fases da nossa formação como país. Ao fazer isso, ele não só contribuirá para que o aluno perceba que todos os usos têm uma razão lógica interna ou externa à língua, como também levará a turma a perceber que todas as variações lingüísticas têm uma gramática plenamente funcional. Nesse sentido, o aluno passa a se reconhecer como um falante que possui um rico e eficiente repertório lingüístico (a gramática internalizada) e que, portanto, não aprenderá a língua na escola. é fundamental esclarecer que ensino da gramática não é sinônimo de ensino da língua. O aluno, sobretudo o do Ensino Médio, domina um repertório lingüístico plenamente funcional, articulado e complexo, ou seja, a língua já é para ele um conhecimento interiorizado. Esclarecida essa questão, as aulas de Língua Portuguesa devem investir em uma metodologia que reconheça e valorize esse domínio e, partindo desse reconhecimento, propor ao aluno atividades que, de fato, contribuam para que ele "possa vir a dominar efetivamente o maior número possível de regras, isto é, que se torne capaz de expressar-se nas mais diversas circunstâncias, segundo as exigências e convenções dessas circunstâncias"( POSSENTI, 2006: 83). Nessa perspectiva, está pressuposto que a norma padrão deve ser ensinada como uma das várias formas de uso da língua e, por essa razão, ela pode ser plenamente adequada a algumas situações e drasticamente inadequada a outras.
Dinâmica das palavras soltas
O amor, a amizade, a paixão e o carinho pressupõem afetos. Quando as suas expectativas são correspondidas despertam alegria, ilusão e saudade. Quando não correspondidos, geram desafetos, como tristeza e desilusão. No primeiro caso, a ausência gera a saudade e, no segundo caso, o perdão alimenta a possibilidade de resgate da relação.

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