Ao rejeitar a noção do “erro” e defender a variação e a mudança lingüística, o professor abre um precedente para a reflexão sobre o aspecto sociopragmático da língua, ponto crucial para o desenvolvimento da competência interacional do aluno. De acordo com a metodologia interacionista, não existe uma fala certa ou errada, mas sim uma fala adequada ou inadequada a uma situação comunicativa. Portanto, “a gramática da norma padrão precisa ser ensinada de uma maneira reflexiva e inserida em contextos discursivos para, dessa forma, possibilitar ao aluno o domínio desta norma e, assim, poder desenvolver a capacidade de monitorar seu estilo de fala” (BORTONE, 2008: 29). Sendo assim, o professor não pode restringir-se apenas ao ensino dos aspectos lingüísticos da fala, mas sim priorizar o ensino da língua vinculada às suas situações de uso. A escola tem o dever de garantir uma educação baseada no pressuposto de que “toda e qualquer variedade lingüística é plenamente funcional, oferece todos os recursos necessários para que seus falantes interajam socialmente, é um meio eficiente de manutenção da coesão social da comunidade em que é empregada” (BAGNO, 2007: 48) e, além disso, tem organização gramatical, segue regras e tem uma lógica lingüística perfeitamente demonstrável (PERINI, 2004).
PRUDÊNCIA
Há 5 anos
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