A escrita na sala de aula deve ter sentido e objetivo reais. Não é mais concebível gastarmos nosso tempo e o tempo do nosso aluno com a leitura e a escrita de textos, cuja única finalidade seja receber uma nota. Mais uma vez, vale lembrar que todo texto cumpre uma finalidade social específica e que, justamente por essa razão, organiza-se também de uma forma específica. Portanto, não existe uma fórmula para a "boa escrita". Diante disso, o professor deve abandonar as velhas planilhas-padrão de correção textual e adotar novos critérios à medida que forem produzidos novos gêneros. Os elementos que tornam um texto coerente e coeso podem ser os responsáveis pela falta de coesão e de coerência de outro. Ou ainda: construções coloquiais podem ser completamente inadequadas a determinados textos e excelentes recursos expressivos em outros. Nessa perspectiva, trabalhar os problemas de organização textual implica, em primeiro lugar, destacar a finalidade do texto que se escreve, para quem se escreve e a situação na qual se escreve. O segundo passo refere-se à avaliação do texto produzido. O professor deve estabelecer etapas para essa avaliação e nunca avaliar todos os aspectos do texto de uma só vez. A avaliação deve ser processual. No lugar de uma nota, o professor deve discutir com o aluno como foi o seu desempenho em relação a determinado aspecto. Se a produção textual visava avaliar o uso dos elementos coesivos, nesse momento, a ortografia, a acentuação gráfica e a colocação pronominal, por exemplo, não podem determinar a avaliação. Esses aspectos devem ser considerados nas outras leituras que o professor fará desse mesmo texto.
PRUDÊNCIA
Há 5 anos
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